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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

‘Camarão operário’, Patrik não teme concorrência no Palmeiras

Revelado pelo São Caetano e com experiência no Arsenal, meia mostra confiança em disputa com Valdivia e Daniel Carvalho

Por Anderson Rodrigues e Diego Ribeiro São Paulo

Um camarão grande, difícil de pescar. É assim que o técnico Luiz Felipe Scolari, do Palmeiras, vê aquele tipo de jogador que chega a um grupo para vestir a camisa e fazer a diferença. É esse tipo iguaria que ele esperava ver servida na mesa alviverde para 2012. No entanto, o treinador se deparou com a realidade do clube e as dificuldades financeiras para se lançar ao mar. Mesmo sem contratações de peso, porém, o comandante conseguiu fazer uma boa salada e o Palmeiras lidera o Campeonato Paulista, com 17 pontos. E neste cardume, destaque para um camarão operário que já estava em casa: Patrik.

Patrik Palmeiras (Foto: Anderson Rodrigues/Globoesporte.com)Patrik não teme concorrência e se diz "de grupo" (Foto: Anderson Rodrigues/Globoesporte.com)

Com apenas 21 anos, pouco balado, mas funcional, o meia marcou o primeiro gol da vitória do Verdão sobre o Ituano, por 3 a 0, sábado passado. Patrik mostra comprometimento e não teme o retorno de Valdivia e a boa fase de Daniel Carvalho, dupla que pode ser formada quando o Mago se recuperar de lesão - provavelmente no dia 26, no clássico contra o São Paulo, em Presidente Prudente.

- Medo? Nenhum. Minha vontade me faz não temer nada. Estou aqui para ajudar o Palmeiras. Se o Felipão optar um dia por mim como reserva, normal. Passei por muita coisa para estar aqui. Sempre fui uma pessoa de grupo – afirma.

O número 40 não é de chamar a atenção. Fala baixo, é alvo de brincadeiras, um caçula que prefere comemorar gols com os companheiros em vez de correr para a torcida. Foi assim que ele comemorou os dez que anotou, em 76 jogos pelo Palmeiras. Patrik diz que sacrificou sua habilidade para se encaixar no estilo Felipão.

- Quero estar no time. Sem a bola, a ordem é marcar os laterais. Quando estou com ela, o Felipão me dá liberdade para criar e finalizar. Acho que tenho agradado - diz Patrik, que disputou quatro dos seis jogos do Verdão neste Paulistão. Fez dez desarmes e acertou 89,9% dos passes.

Crescimento

Patrick Palmeiras (Foto: Anderson Rodrigues/Globoesporte.com)Patrik chegou ao Verdão em 2010
(Foto: Anderson Rodrigues/Globoesporte.com)

Para muitos, o meia Patrik é prata da casa do Palmeiras. Engano. Paulistano da Zona Leste, foi revelado pelo São Caetano. Em 2006, quando tinha 16 anos, teve a oportunidade de conhecer a estrutura de um dos clubes mais fortes do mundo.

- Fiquei 15 dias no Arsenal (Inglaterra), treinando com o Henry, Gilberto Silva, Júlio Baptista e outros jogadores de quem era fã. Foi uma experiência fantástica - lembra.

De volta ao Brasil, o menino era a esperança do Azulão, assim como o lateral-direito Mário Fernandes (Grêmio e Seleção Brasileira). Juntos, eles perderam a final do Campeonato Paulista sub-20 de 2008 para o Santos, de Paulo Henrique Ganso. Patrik acabou sendo emprestado para o Catanduvense.

- O São Caetano sempre tinha jogadores de nome para a minha posição. Acho que os técnicos tinham medo de me colocar no profissional para jogar porque havia a obrigação de justificar os salários desses jogadores. Isso me deixou muito triste - recorda.

Sua história no São Caetano não durou muito: atuou contra Paraná Clube e Fortaleza, pelo Brasileiro de 2009. Depois, com os direitos federativos em mãos, acertou com o Palmeiras e atuou no acesso do time B do Verdão à Série A-2 do Paulistão, em 2010, sob o comando do técnico Jorge Parraga..

- Quando assumiu o profissional como interino, ele (Parraga) me promoveu. O Felipão chegou e fiz o que ele me pediu. Lembro dele me dizendo que era para eu ser um profissional como qualquer outro, e que todos teriam chances. Hoje vivo a melhor fase da minha vida - vibra o menino, hoje mais maduro.

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