UNIAO DA SERRA FUTEBOL CLUBE, MARTINS-RN.

domingo, 18 de março de 2012

MISTO GELADO: FLU SE MOSTRA APÁTICO E É FACILMENTE BATIDO PELO MACAÉ

ser presa fácil para o time do norte do estado: 3 a 1
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM

Com a decisão de poupar jogadores para evitar desgaste, o Fluminense foi a campo neste sábado, em Moça Bonita, usando um time misto. Mas foi um misto gelado, sem sabor. O Tricolor mostrou muitas falhas, teve uma atuação apática e foi facilmente batido pelo Macaé, por 3 a 1, com gols de Pipico, Wallacer e Josiel, em partida válida pela quarta rodada da Taça Rio. Matheus Carvalho descontou, já aos 44 minutos do segundo tempo.

Foi a primeira vitória do Macaé na história do confronto, agora com cinco partidas. Josiel, que estreou apenas na penúltima rodada da Taça Guanabara, já acumula sete gols, todos marcados nos últimos quatro jogos. O artilheiro Alecsandro, do Vasco, tem nove.

Sem Deco, Leandro Euzébio, Fred, Diguinho, Thiago Neves e Edinho, os dois últimos vetados pelo departamento médico, o Flu passou longe de ser o time que tem 100% de aproveitamento na Libertadores. Organizado, o Macaé mostrou os motivos pelos quais é o líder do Grupo A, agora com 12 pontos, tendo vencido seus quatro jogos pelo segundo turno do Campeonato Carioca. Botafogo, que tem sete pontos, e Flamengo, com seis, jogam neste domingo, mas não poderão alcançar o líder.

O retrato da péssima atuação tricolor foi a desorganização defensiva. Nos três gols sofridos, os jogadores do Macaé aparecem totalmente livres para fazer a conclusão. O Fluminense permanece com três pontos no Grupo B. Ainda sonha com as semifinais da Taça Rio, mas vê a meta cada vez mais distante e, dependendo de uma combinação de resultados, pode terminar a rodada como lanterna.

Sem jogo pela Libertadores no meio da semana, o Flu volta a entrar em campo no próximo sábado, para enfrentar o Bonsucesso, novamente em Moça Bonita, às 16h. No dia seguinte, o Macaé visita o Americano no Godofredo Cruz.

pipico josiel Fluminense x macaé (Foto: WallaceTeixeira/Foto Arena/Agência Estado)Jogadores do Macaé comemoram o primeiro gol (Foto: WallaceTeixeira/Foto Arena/Agência Estado)

O Fluminense até que começou bem, criando chances e ficando mais com a bola no ataque. Mas, aos poucos, o time de Abel passou a sofrer com a marcação do Macaé e com os inúmeros erros de passe. As jogadas tricolores pelas laterais surgiam até em bom número, mas quase em todas os chuveirinhos na área eram anulados pela bem posicionada zaga macaense. Sem Deco, o Flu sentia muito a falta de um organizador. Lanzini errava demais, assim como Souza. No ataque, Rafael Moura fazia uma partida para esquecer. A luz de esperança era Wellington Nem, com a movimentação de sempre.

O Macaé, por sua vez, jogava organizado, saindo para o ataque sem correr riscos na defesa. E não demorou para abrir o placar. Foi aos 12 minutos, quando Carlos Alberto cruzou da esquerda, Valencia não acompanhou a marcação, e Pipico, sozinho, cabeceou para o chão, sem defesa para Diego Cavalieri: 1 a 0. Faltou pouco para o time do norte do estado ampliar - Pipico foi lançado em profundidade, Anderson ficou no meio do caminho, e o atacante tocou de cabeça encobrindo Cavalieri, que saiu em velocidade do gol. Mas a bola foi fraca, e Anderson conseguiu fazer a corrida de recuperação e tirar a bola em cima da linha.

Entregue, o Flu só encontrava Nem num dia bom. O baixinho buscava sempre o gol, com dribles e toques rápidos. Mas He-Man e Lanzini não contribuíam. Nem quase marcou após dominar e chutar rápido, de dentro da área. Luis Henrique fez boa defesa. Apático, o Flu era presa muito fácil. Já no final da primeira etapa, André Gomes passou como quis por Jean e mandou uma bomba de pé esquerdo, obrigando Cavalieri a fazer boa defesa.

Wellington Nem Fluminense x macaé (Foto: Dhavid Normando/Photocamera)Wellington Nem tenta, mas não é o dia do Fluminense (Foto: Dhavid Normando/Photocamera)

Zaga do Fluminense vacila

Na saída para o intervalo, Souza disse que a única razão para a atuação ruim do Flu era o estado do gramado de Moça Bonita. O piso não era mesmo dos melhores, tanto que, logo aos dez segundos na segunda etapa, Matheus Carvalho - que entrou na vaga de Bruno - deixou Rafael Moura na cara do gol. No momento do chute, a bola subiu numa falha, e a conclusão saiu de canela, por cima do travessão.

Mas o Macaé não se incomodou com o gramado irregular. Voltou com a mesma postura para a segunda etapa e ampliou a contagem aos 11 minutos. Pipico cruzou, e a dupla de zaga tricolor, grudada em Josiel, não conseguiu o corte. A bola sobrou limpa para Wallacer, sozinho na entrada da área, bater para fazer 2 a 0.

A sorte também não estava do lado do Flu. O retrato foi uma sequência de chutes à queima-roupa de Jean, já dentro da área, que o goleiro Luis Henrique e o zagueiro Douglas Assis salvaram. A segunda cartada de Abel para mexer com o rendimento do time foi a entrada da Wagner no lugar de Lanzini. Não adiantou.

O Macaé aproveitou a terrível partida da zaga tricolor para fazer mais um. Aos 33 minutos, Josiel, livre, leve e solto, cabeceou e fez 3 a 0. Na base do desespero, o Flu foi para cima e fez o gol de honra aos 44 minutos, com Matheus Carvalho, que bateu de pé direito na saída do goleiro.

No show de apatia tricolor, o Macaé aproveitou e construiu mais um degrau na luta para chegar às semifinais da Taça Rio.


Nenhum comentário:

Postar um comentário