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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Barcos? Atacante do Horizonte luta para ser artilheiro do Brasil em 2012

André Cassaco chegou a ser o maior goleador do país no início do ano, mas luta para seguir na briga e espera marcar mais gols que o argentino

Por Daniel RomeuHorizonte, CE

André Cassaco no treino do Horizonte (Foto: Daniel Romeu / Globoesporte.com)André Cassaco em treinamento do Horizonte
(Foto: Daniel Romeu / Globoesporte.com)

O cartão de visitas de Hernán Barcos no Palmeiras foram gols, muitos gols. Nos primeiros 14 jogos, foram nove marcados – o bastante para lhe garantir o carinho da torcida e o apelido de Pirata. Ainda assim, o argentino precisará balançar a rede várias vezes na noite desta quarta-feira, contra o Horizonte-CE, se quiser se igualar ao principal atacante do desconhecido rival na Copa do Brasil. Enquanto o Alviverde tenta encerrar jejum de três jogos, André Cassaco, destaque do Horizonte, curte a fama: artilheiro do Cearense, começou o ano como maior goleador do Brasil e segue brigando pelas primeiras posições na lista de 2012.

O início de temporada de Cassaco foi tão arrasador quanto o de Barcos. Nos dois primeiros jogos, foram quatro gols marcados. Agora o atacante já tem 12 e, apesar de respeitar o Palmeiras, acredita que marcar um gol contra o Verdão pode ser essencial em sua briga para ser o maior goleador brasileiro do ano. Para ele e para a população de Horizonte, animada em receber um time grande, um golzinho na partida desta quarta-feira valeria até mais do que dois na contagem extra-oficial.

– Um gol contra o Palmeiras vale até mais que dois (risos). Nem sei quantos. Contra um time grande é sempre bom jogar bem. Vamos jogar pela vitória. Se ela não vier, que seja para não perder. Somos fortes aqui com mando de campo – afirmou.

Atualmente o artilheiro do Brasil é Neto Baiano, do Vitória, disparado na liderança com 23 gols. Apesar de ter sido passado para trás no último mês, o atacante do Horizonte não se contenta e espera seguir brigando pelos primeiros lugares. Até a rodada dos estaduais no último final de semana, ele era o quinto. Sem marcar, caiu para o 13º lugar (empatado com Alecssandro, do Vasco) e foi ultrapassado por Neymar e Leandro Damião.

– Fiquei surpreso por começar o ano como artilheiro do Brasil, mas caí na realidade. Sabia que a concorrência era grande, mas é bom estar ali, brigando de igual para igual até o fim do ano. É sempre bom fazer gols, ser artilheiro melhor ainda – completou.

André Cassaco jogador do Horizonte (Foto: Daniel Romeu / Globoesporte.com)André Cassaco é a principal esperança de gols do Horizonte (Foto: Daniel Romeu / Globoesporte.com)

André Cassaco admite: não conhece muito bem Hernán Barcos. Já viu o atacante do Palmeiras pela televisão, mas acha possível marcar mais gols que ele na partida desta quarta-feira. Para eliminar o jogo de volta, o Verdão precisa vencer por dois ou mais gols de diferença. Com um dos artilheiros do Brasil em campo, no entanto, o Horizonte promete não jogar só na defesa e criar pelo menos uma oportunidade para Cassaco colocar mais um na contagem. E contra o poderoso Alviverde.

Se der para ficar na frente dele (Barcos), melhor ainda. Antes do jogo, vou só falar com ele por educação e jogar"
Cassaco

– Conheço o Barcos só de nome, pela televisão. É uma responsabilidade grande ter mais gols que ele. Tenho que fazer gols pelo Horizonte. Se der para ficar na frente dele, melhor ainda. Antes do jogo, vou só falar com ele por educação e jogar – afirmou.

‘Cassaco’ com orgulho. Mas não pelo cheiro...

Aos 23 anos de idade, André Cassaco ganhou o apelido quando ainda era criança. No interior do Nordeste, “cassaco” é o nome dado ao animal mais conhecido como gambá no restante do Brasil. No entanto, não é por causa do mau cheiro que o atacante horizontino ganhou a alcunha. Enquanto brincava na rua, quando tinha 4 anos, viu alguns vizinhos batendo em um cassaco na rua e decidiu ajudá-lo. Ele apanhou, mas levou o animal para casa e o adotou.

– Desde criança tenho esse apelido, pegou com meus familiares. Defendi o cassaco, levei para minha casa e criei ele. Dei comida, água... Meus familiares começaram a me chamar de cassaco e até hoje levo esse apelido, acho interessante. O cassaco durou bastante, mas depois sumiu. Não sei se levaram ou se foi embora Mas salvei e até gosto do apelido. Os caras aqui queriam mudar e eu não deixei (risos) – declarou o atacante.

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