Emocionado, Valdivia agradece família, colegas e 'aquele lá em cima'
Após sofrer sequestro relâmpago e ficar duas semanas sem jogar, meia começa no banco, entra e marca o gol da classificação palmeirense
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Foi, sem dúvida, a atuação mais marcante de Jorge Valdivia em sua segunda passagem pelo Palmeiras. Depois de ter sofrido um sequestro relâmpago em São Paulo, voar para o Chile, ver sua esposa dizer que não voltaria mais ao Brasil e, por isso, cogitar sua saída do clube, o meia voltou a campo nesta quinta-feira. E em grande estilo. Valdivia foi o nome da classificação do Palmeiras para a final da Copa do Brasil, ao marcar o gol do empate em 1 a 1 com o Grêmio, na Arena Barueri.
Com seu "bigode da sorte", o Mago começou no banco de reservas, já que não estava 100% fisicamente e o campo pesado por causa da chuva era um temor. Luiz Felipe Scolari o chamou quando o Grêmio dominava o jogo. O time gaúcho abriu o placar e esteve perto de fazer 2 a 0, resultado que levaria a decisão para os pênaltis. Foi aí que Valdivia resolveu chamar a responsabilidade. Pegou a bola no meio de campo, passou por dois marcadores, tabelou com Juninho e bateu, sem chance para o goleiro Victor.
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Na comemoração, Valdivia saiu correndo como louco. Tirou a camisa (fazia frio de 14ºC e chovia forte), fez sinal de "biruta", foi em direção ao banco de reservas e acabou recebendo um abraço emocionado de Felipão. Retorno mais bonito, impossível.
- Cara, estou muito feliz. Só o fato de vir aqui para o banco já tinha me deixado feliz. E depois de tudo... olha, aquele que está lá em cima me ajuda - disse Valdivia, olhando para os céus.
- Hoje ficou mostrado que se deve ter perserverança. Obrigado a todos os companheiros, à minha família. Peço desculpas a vocês (jornalistas), mas não dá para falar, se não vou chorar. Estou muito emocionado. Vou comemorar lá dentro e depois a gente conversa - emendou.
Valdivia tira a camisa e comemora como louco o gol de empate (Foto: Rahel Patrasso / Agência Estado)
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