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terça-feira, 20 de novembro de 2012


Campeões da Série B pelo Verdão pedem união entre time e torcida

Edmilson, que formou dupla de ataque com Vagner Love em 2003, revela que Palmeiras teve até reunião com torcedores durante a Segundona

Por Felipe Zito*São Paulo
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Passado o drama do rebaixamento, a primeira pergunta que os palmeirenses se fazem neste momento é: como superar o trauma e retornar à elite do futebol nacional? Apesar de a trajetória do clube em 2013 não ser nada simples, jogadores que fizeram parte da campanha que deu ao Verdão o título do Campeonato Brasileiro da Série B, em 2003, dão a receita para o sucesso: união entre time e torcida.
A pressão por um resultado positivo é inevitável. Os recentes tropeços e a péssima campanha na competição nacional fizeram com que os torcedores ficassem novamente com um pé atrás em relação ao time, mesmo após a conquista da Copa do Brasil de maneira invicta, no início de julho. Mas, ao contrário dos recentes protestos, quase sempre com atos de violência, como quando a loja oficial do clube foi incendiada após a derrota para o Fluminense, em Presidente Prudente, ex-atletas do Verdão pregam que o primeiro passo é a construção de um bom ambiente dentro de fora de campo.
Um dos nomes mais experientes do plantel comandado por Jair Picerni em 2003, Pedrinho sabe da dificuldade que é disputar a Série B. O jogador garante que a pressão é inevitável, mas pede que o torcedor jogue junto com o time.
vagner love pedrinho palmeiras segundona 2003 (Foto: MARCELO FERRELLI / Gazeta Press)Vagner Love e Pedrinho festejam o título da Série B de 2003 (Foto: Marcelo Ferrelli / Gazeta Press)
– A Série B é bem difícil de se jogar. Todos entram nela com total obrigação de vencer e voltar para a elite. Quando a coisa é obrigação, perde a alegria completamente. Envolve pressão, uma situação adversa, à qual a torcida não está acostumada. Estive por cinco anos no Palmeiras, então atravessei todo tipo de situação. A Segunda Divisão com certeza foi a mais complicada – disse o ex-jogador.
– Se tivesse um segredo, seria fácil. Mas basicamente é se doar ao máximo, se entregar a cada jogo e provar para o torcedor que você quer estar ali. A torcida precisa reconhecer o momento, que você está enfrentando o problema sem pensar duas vezes. Jogar a Série B não é para qualquer um. É vencer, vencer e vencer –  completou.
De acordo com Edmilson, atacante que formou dupla de ataque titular ao lado de Vagner Love e hoje defende o FC Tokyo, do Japão, um dos fatores que pode facilitar a vida do time é justamente a sintonia com a arquibancada. O jogador recorda que em 2003 uma reunião com um grupo de torcedores serviu para tranquilizar o elenco.
– Pressão vai ter em qualquer time. O Palmeiras é um clube grande que está passando por um momento difícil. Em 2003, todos nos conheciam no clube. Fomos criados lá e sabíamos que não poderíamos deixar passar a oportunidade. Precisa ter a cabeça boa e concentração. Durante a Série B tivemos uma reunião com a torcida. Eles acreditaram em nós e isso foi muito importante. Sou muito grato ao Palmeiras e espero voltar a vestir esse manto – disse.
Para o zagueiro Glauber, que hoje está no Rapid Bucareste, da Romênia, a pressão da torcida pode ser transformada em motivação para o grupo que tiver a responsabilidade de recolocar o Palmeiras na elite do futebol nacional. O jogador, porém, ressalta também a importância de o Verdão ter atletas experientes que possam conduzir o time nos momentos mais importantes.
– Aquela pressão foi ótima para os garotos. Na época, todos estavam loucos para entrar em campo e lutar. Todos queriam conquistar espaço e vencer ao lado de jogadores como Marcos, Magrão e Pedrinho. Tínhamos uma responsabilidade positiva e era ótimo encarar aquilo –  disse Glauber.
– Quando entrávamos em campo tínhamos certeza de que venceríamos. Parecia que o time estava preparado para uma guerra. Os mais experientes colocavam a direção, junto com o Jair Picerni, e nós fazíamos acontecer – emendou.

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