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terça-feira, 23 de outubro de 2012


Tirone: 'Neste momento, dou uma nota bem baixa para meu mandato'

Presidente assume responsabilidade por má fase do Palmeiras no segundo semestre e admite: 'Com Diretas, eu teria dificuldade em ser eleito'

Por Diego RibeiroBogotá, Colômbia
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Arnaldo Tirone, presidente do Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Arnaldo Tirone desaprova seu mandato
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
O presidente Arnaldo Tirone está a quase dois meses do fim de seu mandato no Palmeiras, e ainda não sabe se vai se candidatar à reeleição. O certo é que ele admite insatisfação com o próprio trabalho, ainda mais depois que o time começou a brigar contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Depois de um breve “sumiço” do clube, com ameaças de torcedores e conselheiros, além de pedidos de renúncia, Tirone voltou a viajar com a delegação – ele está em Bogotá para o duelo desta terça-feira contra o Millonarios, pela Copa Sul-Americana. Com um ano e dez meses de mandato, Arnaldo Tirone diz que não está se escondendo. Tanto que ele avalia seu trabalho como “razoável” no momento.
– Nesse momento, eu daria uma nota bem baixa (para o mandato). Estamos em uma situação difícil. Mas é a torcida que tem de dar a nota, no fim do ano ela vai dar. Estou fazendo minha parte e dando a cara para bater, estou à disposição do Palmeiras. Não é fácil ser presidente de um clube com tantos problemas. Não é qualquer um que vai entrar lá e acertar tudo. Mas eu assumo que sou o maior responsável pelo que está acontecendo – disse o presidente.
Mesmo ameaçado, Tirone assegura que jamais pensou em renunciar ou abandonar a presidência. E mais: acredita que a possível fuga do rebaixamento vai fortalecer sua chapa na próxima eleição.
– Por que iria renunciar? Não sou homem de renunciar e abandonar o barco. Não existe ninguém que vai chegar lá e salvar o Palmeiras. Temos é de trabalhar com tranquilidade. O torcedor e o Conselho têm de entender que esse mesmo time foi campeão da Copa do Brasil. O Gilson Kleina vem fazendo um bom trabalho, acho que ele deu um nó tático na vitória sobre o Cruzeiro – analisou o presidente.
Alheio à efervescência política que o clube vive, Arnaldo Tirone não quis aprofundar sua visão das eleições diretas para a presidência, que devem passar a valer em 2014. Em reunião do Conselho Deliberativo na noite de segunda-feira, as principais emendas para a proposta original foram aprovadas – a maioria delas tirando um pouco do poder do sócio votante.
– As Diretas são uma realidade no Palmeiras, mas vamos maturar essa ideia até 2014. Nessa situação atual, acho que eu teria dificuldades (em ser eleito pelas Diretas). Tivemos acertos e erros nessa gestão, é normal. Mas o que eu quero é o bem do Palmeiras – destacou Arnaldo Tirone.
Enquanto vê indefinido o panorama eleitoral, Tirone se reúne com seus pares para planejar a temporada de 2013. Apesar de uma pausa momentânea nas conversas sobre a Libertadores, o presidente espera ter um novo time encaminhado até o fim do ano. Antes, porém, é preciso que o Palmeiras saia logo da situação incômoda no Brasileirão.

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