Felipão institui lei do silêncio e proíbe entrevistas até jogo com América-MG
Técnico baixa ordem para ninguém falar com a imprensa até sábado. Mesmo sem justificativa oficial, intenção é evitar polêmicas
Felipão proíbe entrevistas no Verdão até sábado(Foto: Cesar Greco / Ag. Estado)
O técnico Luiz Felipe Scolari baixou uma ordem para que nenhum jogador do Palmeiras conceda entrevistas até o próximo sábado, dia do jogo contra o América-MG, às 18h (de Brasília), no Canindé. Nesta terça-feira, o comandante informou a decisão ao departamento de comunicação do clube, que repassou o recado aos jornalistas. Os jogadores não falarão mais após os treinos.
A decisão foi tomada sem nenhuma justificativa oficial, segundo a assessoria de comunicação. No entanto, a intenção é evitar mais declarações polêmicas como as divulgadas após o frustrante empate por 1 a 1 com o Atlético-GO, domingo, no Serra Dourada. Após ceder a igualdade mesmo com dois jogadores a mais em campo, Felipão falou em “maior vergonha da vida”, enquanto o atacante Kleber criticou o estilo de jogo da equipe. No desembarque em São Paulo, na segunda-feira, o goleiro Deola também alfinetou o atacante.
Com 39 pontos na tabela do Campeonato Brasileiro, mas com apenas duas vitórias nos últimos 12 jogos, o Palmeiras vive momento delicado na competição. Nem mesmo Felipão dará entrevistas. O técnico costuma falar às sextas-feiras, mas, a princípio, deve conceder entrevista somente depois do jogo de sábado.
O presidente Arnaldo Tirone e o vice-presidente Roberto Frizzo estiveram no CT e acompanharam o treinamento da equipe, mas ambos também se enquadraram na nova lei de silêncio na Academia de Futebol.
- É um momento de reflexão - afirmou rapidamente Frizzo, que deverá ser o único a responder por comissão técnica, diretoria e elenco nesta semana.
Esta não é a primeira vez que o Felipão toma tal atitude no clube. Durante boa parte do Campeonato Brasileiro do ano passado, o treinador do Verdão proibiu os atletas de falarem com jornalistas na saída do gramado. Na época, a justificativa também foi a de evitar confusões e declarações polêmicas dos palmeirenses.
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